Se tivesse sido entrevistado, com certeza daria nota (bem) inferior a essa média de 4,55.
A enorme maioria dos juízes trabalha pouco e mal; se preocupa basicamente com seus vencimentos (e benesses, como as absurdas férias de 60 dias) e em procurar razões para não adentrar ao mérito da maioria das questões, se apegando (e muitas vezes criando) motivos para não julgar, para não distribuir Justiça.
Não se iludam, para a enorme maioria dos juízes que compõe o Judiciário, o que menos preocupa é exatamente a razão de existirem: distribuir Justiça, garantir estabilidade e segurança às relações.
Os julgamentos a que a maioria dos brasileiros teve acesso (ou oportunidade de assistir) com decisões longas, fundamentadas, grandes discussões e debates, só existe quando o assunto é capa de jornal, ou seja, quando os Digníssimos estão em frente às câmeras de TV. Afora esses casos... Humpf!!
Boa parte dos juízes é medíocre, levada por personalismos e espírito de corpo . Sequer lê o processo, sobre o qual deve decidir, na íntegra.
E não estou falando de corrupção, desvios, patrocínios em seminários no litoral nordestino, nada.
A nota baixa se deve exclusivamente ao mau serviço, à incompetência, ao descaso (ou vagabundagem, falando português claro).
Já passou - há muito - do momento de se reformar o Poder Judiciário, para que a ele possamos voltar a nos referir em maiúsuculas.
Saiu na Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário